Este artigo aborda a migração artistica (em especial a palhaçaria) no recente fenomeno das manifestações culturais das artes da cena nas plataformas virtuais. Movimento não causado pela pandemia de covid-19, mas acelerado por ela e que teve nesse periodo maior percepção. O Artigo parte de indagações do artista pesquisador que, já era presente na web, mas se viu obrigado a produzir neste meio com mais afinco durante o periodo. O artigo perpassa por definições acerca da arte do palhaço ao entrar na seara da discussão se a palhaçaria pode acontecer intermediada por uma tela e apartada do encontro presencial.
O estudo explanado aqui trata do atravessamento das midias em nossas vidas cotidianamente e como isso tem, ou pode ser, refletido em nossas praticas artisticas, partindo do histórico da arte de agenciar as tecnologias contemporaneas em seus fazeres, como meio de atualizar as tradições e seguir potente em sua comunicação direta com o publico.
Há ainda uma reflexão/provocação sobre possível herança pós pandemia nos trabalhos presenciais, visto que, novas maneiras de se relacionar estão em constante desenvolvimento e no campo da tecnologia dificilmente se regride. A obra do palhaço experimentou (sem ter escolha) uma outra maneira de trabalho que pode gerar outras formas de existir e fruir.
PALAVRAS-CHAVE: Palhaço(a), pandemia, virtual, artes cênicas