Cartografias do caos: o programa performativo como dispositivo da presença na performance Buraco Negro.

Resumo

A performance Buraco Negro se configura enquanto uma instalação performática, remontando aos signos da loucura, do erótico, do caos e outras possíveis leituras. Eleonora Fabião (2013) propõe pensar o programa performativo como o norteador na ação da performance. Abordaremos aqui o programa performativo como um dispositivo da presença. Apresentaremos o processo criativo da performance/instalação Buraco Negro (2017), performada pelo grupo de pesquisa Asfalto – texturas entre artes e filosofia. Ao olhar para o programa performativo, nos coloca de frente com as forças que habitaram os performers e o processo criativo do trabalho, e como esse processo de estabelecer um programa ativa uma qualidade de presença nos corpos, efetivando um dispositivo de presença. Como o programa performativo pode operar enquanto um dispositivo de presença? Quais forças atravessaram os corpos dos performers na performance Buraco Negro? Portanto, iremos apresentar o processo criativo junto ao programa performativo da performance, e assim, elencar os dispositivos que operaram e efetivaram o estabelecimento da presença.