Um nariz de vantagem

Autores

  • Cristiane Muñoz

Resumo

Estamos vivendo a e?poca do “politicamente correto”, ou seja, os discursos ideolo?gicos sa?o praticamente os mesmos, independente de tende?ncias. Isso equivale a dizer que ningue?m em sa? conscie?ncia vai se colocar contra os negros, os pobres, as mulheres e quaisquer outros grupos que reivindiquem posic?o?es so?cio-econo?micas mais igualita?rias. No I Festival Internacional de Comicidade Feminina do Brasil produzido pelo grupo As Marias da Grac?a e que ocorreu no Rio de Janeiro em setembro de 2005, estavam mulheres e homens (esses na?o em cena) de diferentes estados do Brasil e tambe?m de outros pai?ses com realidades e?tnicas, culturais, poli?ticas, sociais e econo?micas distintas. No fo?rum de debates, aberto com palestras de tre?s mulheres: Pepa Plana (Espanha), Cristina Pereira (Brasil - Rio de Janeiro) e eu, vimos um discurso frequ?ente com foco nos direitos das mulheres. Comecei minha exposic?a?o perguntando o que entendemos por igualdade, por que achamos que ela seria a soluc?a?o para grande parte de nossos problemas e se esta?vamos reivindicando esse direito apenas para sermos “politicamente corretas” ou ainda “para colocar conteu?do num fo?rum de palhac?as”, supondo que ele por si na?o tivesse. Foi uma provocac?a?o e senti que na?o agradei muito. Felizmente o constrangimento que a cri?tica sempre traz deu lugar ao debate sincero e passamos a nos questionar sobre o por que de tudo aquilo.

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Revista do LUME 7 (Publicada em papel em 2009)