“Parada de Rua” do LUME Como Festa Artesanal

Autores

  • Reynaldo Moreira

Resumo

Eba! Estamos no Sesc Pompe?ia assistindo a um espeta?culo "Parada de Rua”, do pessoal do Lume! Raquel, imensamente determinada, em seu bumbo, marca, e Cristina transporta, pequena porta bandeira italiana, seu "Xilofante", do alto sustentando melodias (hero?icas, seus grandes instrumentos sa?o muito imobilizantes, dificultando a pura grac?a corporal que no entanto elas mante?m). Renato, com gigantesca precisa?o de forc?a, por vezes segura o compasso militar da caixa de guerra. Ricardo, no comando da tropa, tem seus momentos de felineta. Naomi costuma carregar no prato, pouco sutil instrumento de AFASTA!!! Que ela sutiliza (na?o arrebenta, na?o amassa, na?o encosta sequer: e? sempre uma possibilidade reservada, subliminar, do estrondo). E? quando surge Simioni, por cima de tudo, navegando ares com cantos profundos, baixos, e sua corneta ob-longa, por mais que pensemos ser mero figurativa, e? concreta (toca). Jesser, por fim, na sanfona, opera basicamente, mas faz isso com ta?o concentrada arte de descontrac?a?o que um espectador mineiro, tipo do macha?o rude, pra quem todo ator de teatro e? "uma bicha" (ouvi da boca de sua mente suja), confundiu-o (justo Jesser, sujeito ta?o compacto, essencial), com "aquele baixin que? fei dimais so?". Poize?.

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Revista do LUME 3 (Publicada em papel em 2000)