Paisagens colaborativas: territórios coletivos em passagem.
Autores
Isabela Berto Tescarollo
UNICAMP
Resumo
Este artigo discorre sobre a elaboração e realização do projeto Paisagens Colaborativas, uma plataforma virtual colaborativa em formato de podcast em que os participantes compartilham áudio-textos de autoria própria. De início, será apresentada a proposta do projeto e as motivações para a sua criação a partir das percepções que a pandemia do coronavírus trouxe acerca do uso e/ou a falta de uso e/ou a impossibilidade de uso dos nossos sentidos corporais - em especial a visão, a escuta e o tato. Em seguida, será evidenciado como o projeto colabora para a sensibilização do sentido da escuta e sua relação a com proposta de uma educação-estética (ROBLE, 2008). Tais considerações serão feitas a partir da experiência de parceria do projeto com os alunos do Ensino Fundamental e Médio da escola Madre Tereza de Itatiba - São Paulo, cujos áudio-textos foram desenvolvidos nas aulas de português ministradas pela professora Julia Oblasser Paladino e, em seguida, foram incluídos no podcast. Por fim, será apresentada considerações sobre as transformações do fazer artístico ao longo da pandemia, considerando que este projeto foi elaborado por uma bailarina que percebeu que em seu processo criativo a prática da escrita e o uso da tecnologia tornaram-se componentes fundamentais na concepção das obras devido a impossibilidade de continuar com trabalhos práticos em estúdio. Isto será feito aproximando tais reflexões ao conceito da endoestética e da proposta da media art (GIANETTI, 2006). Link de acesso: https://paisagenscolaborativas.wordpress.com/
PALAVRAS-CHAVE: projeto colaborativo; arte; tecnologia; educação-estética; pandemia.
Biografia do Autor
Isabela Berto Tescarollo, UNICAMP
Isabela Berto Tescarollo é Bacharela em Dança pela UNICAMP (2020). Na graduação, foi bolsista de Iniciação Científica CAPES (quota 2017; orientação de Holly Elizabeth Cavrell) e FAPESP (2018/13636- 4; orientação de Melina Scialom e Verônica Fabrini), pela qual produziu o espetáculo “uma cena só” (2020). Integrou, de 2017 a 2019, o grupo de dança contemporânea Meandros da Faculdade de Educação Física, coordenado pelo Prof.Dr. Odilon José Roble. Atualmente atua como artista-pesquisadora, intérprete-criadora e professora de Yoga e se interessa pela intersecção da dança e o cinema, produzindo materiais audiovisuais (videodanças).