Em movimentos de descentralização dos saberes, em retorno-ouroboros, seguindo a visão da serpente cósmica que engole o próprio rabo, no infinito cruzo do tempo Cronos-Kairós, traço os pontos do ator-terreiro e do xamanismo transcultural. Imiscuído nos onirismos telúricos pindorâmicos e suas medicinas da floresta, junto às magias cósmicas e mitologias afro-brasileiras, preparo territórios de reinvenções, heterotopias, nas quais os encantamentos ancestrais bailam para pular a fogueira de quebrantos da metafísica eurocêntrica, progenitora da cisão natureza-cultura, cujas as sombras esfumaçam o pensamento ocidental.
Palavras-Chave: Xamanismo, ator, terreiro, perspectivismo, multinaturalismo