Abrigos Internos

Locais de Isolamentos, Processos Cênicos e Sobrevivências.

Autores

Resumo

Diante de um contexto de pandemia para diversos artistas-pesquisadores cênicos no Brasil, ocorre uma necessidade de reorganização dos espaços de apresentações artísticas. Com a questão dos distanciamentos, muitos artistas passam a trabalhar de forma mais individual dentro de casa. Logo, surgem três questionamentos: Quais os conceitos que se tem acerca da ideia de casa e como este espaço se reorganiza diante de um contexto pandêmico? De que maneira a casa se torna um local de deslocamento para um trabalho cênico solo? Como se realiza/reorganiza uma pesquisa em arte dentro do espaço casa? Partindo destas questões, o presente trabalho discorre sobre as possibilidades concretas e metafóricas que permeiam a ideia de casa e a apresenta como ‘locaos’, ou seja, um lugar onde o caos ocorre a partir de um contexto geral de pandemias e isolamentos no ano de 2020. Explora-se cada parte da casa como um resgate de memórias e ações que envolvem os processos cênicos, utilizando as ideias de casa-tempo (Sônia Rangel), casa-corpo (Lygia Clark) e a poética do espaço (Gaston Bachelard). Por meio destes três autores, o trabalho transita entre diversos abrigos e busca a elaboração da casa como um disparador poético de reorganizações e sobrevivência.

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Publicado

28-06-2021

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Textos Completos