Somaestética em Territórios Violentos?

Autores

  • Márcia Cristina Baltazar Departamento de Teatro, Universidade Federal de Sergipe
  • Elaine Caroline do Nascimento Libório Departamento de Teatro, Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

Educação Somática, Teoria social somática, Somaestética

Resumo

Parte-se do pressuposto que é possível a construção coletiva social da vida em comum como obra de arte, como instigou Foucault em seus últimos cursos sobre a Estética da Existência. Parte-se também do pressuposto de que o trabalho dos artistas de Teatro envolve risco e atenção constante para o fluxo de seus atos representacionais. Toma-se como hipótese que a Educação Somática possa ser uma prática metodológica para a busca da vida em comum como obra de arte, inclusive em territórios violentos. Objetiva-se escolher, então, uma conceituação sobre práticas somáticas enquanto política e prática social. Assim, é feita uma ainda incipiente revisão bibliográfica sobre os conceitos de Teoria Social Somática, de Jill Green, e Somaestética, de Richard Shusterman, e opta-se pela Somaestética como conceito-prática mais adequado para a afirmação dessa política-arte.

Referências

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Publicado

30-05-2020

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Textos Completos