Po-éticas de [re]existência – práticas feministas

Autores

  • Nina Caetano Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto (PPGAC-UFOP)

Palavras-chave:

póeticas de resistência, práticas feministas, necropolítica, communitas

Resumo

Este texto espelha as questões tratadas na mesa “Artes Presenciais e Resistência”, em que abordei práticas artísticas que investigam processos históricos de violação, apagamento e silenciamento de corpos dissidentes, bem como aquelas práticas que constroem poéticas e políticas da cena que sejam contra hegemônicas. Buscando responder questões como: “por que tratar de Antígona no Brasil de hoje?” ou “O que há de candente neste mito grego tão antigo que se atualiza em nossa sociedade?” trouxe à tona a figura emblemática de Antígona – símbolo do embate entre o indivíduo e o Estado – para pensar trabalhos em que a arte atua como dispositivo que opera com a memória e que, como algo que persiste em “não esquecer”, pode, para além da tarefa de denunciar, sugerir “formas de restauração simbólica”. Para tratar dessas questões, foi necessário buscar o seu móvel menos no aspecto sagrado que atravessa o mito e nos concentrar na alegoria de uma busca – uma jornada, uma saga, um ato, um grito – por justiça que, em trabalhos como Antônia ou Chorar os Filhos, a evocação à figura de Antígona encarna. 

Biografia do Autor

Nina Caetano, Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto (PPGAC-UFOP)

Nina Caetano é performer e pesquisadora da cena contemporânea. Tendo como eixo central da sua pesquisa as relações estético-políticas entre feminismo e performance, ela coordena, desde 2013, o NINFEIAS – Núcleo de INvestigações FEminIstAS que integra estudantes dos cursos de Artes Cênicas da UFOP. Junto ao NINFEIAS, desenvolve ações feministas que vão desde atos públicos até rodas de conversa e oficinas. Doutora em Artes Cênicas pela ECA-USP, ela também é professora do Departamento de Artes da UFOP e do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas.

Referências

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Publicado

30-05-2020

Edição

Seção

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