Repetir até ficar diferente: Índices de uma experimentação acrobática e cênica com a Cia. Circo Lúdico Experimental

Autores

  • Samara Garcia

Resumo

Este artigo tem por intuito compartilhar elementos centrais levantados na pesquisa "Repetir até ficar diferente: Índices de uma experimentação acrobática e cênica com a Cia. Circo Lúdico Experimental – CE", apresentada em fevereiro de 2017 no PPGArtes – UFC/ICA. A pesquisa lança um olhar sobre o processo criativo do espetáculo Quintal da Cia. Circo Lúdico Experimental – CLE (CE), que em seus dez anos de atuação vem se debruçando sobre a pesquisa das artes do picadeiro como forma de potencializar suas composições cênicas, partindo em busca de uma contextualização do trabalho desenvolvido para pensar onde este está inserido. Uma construção dramatúrgica pautada na investigação de uma acrobacia para a cena e em um contorno poético dado pela obra de Manoel de Barros em seu horizonte repleto de possibilidades, fruto de uma natureza pensada por imagens e reveladas no universo lúdico do “idioleto manoelês”, que se traduzem em material de trabalho. Partindo da técnica como investigação, em consonância com o pensamento da Klaus Vianna (NEVES, 2008), propõe perceber a técnica acrobática em constante movimento de construção e reconstrução em busca de dar outros sentidos para o risco e a virtuose, elementos fundantes da estética circense. Desse modo, aponta para desdobramentos acerca das tessituras poéticas que atravessam a criação, assim como, sobre como foram levantando durante esse processo seus métodos, ferramentas e recursos. Apoiando-se na Crítica de Processos, com base nos estudos de Cecília Almeida Salles (1998;2008), recai sobre a observação, descrição e análise da composição cênica ao propor uma reflexão sobre os modos de como tornar partilhável a criação e a pesquisa em artes cênicas a partir de uma perspectiva dinâmica dos documentos de processo.

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Publicado

07-06-2018

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Textos Completos