André Marcelino da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN
Resumo
Como compor com um corpo cênico as expressões contidas numa máscara teatral expressiva? Sob quais parâmetros o ator cria seu tipo mascarado? Sob quais parâmetros se estabelece uma modelagem? E ainda, como modelar as linhas, os volumes, os traços da expressividade da máscara para se combinarem ao ator na constituição de sua corporeidade, seu eixo, seu peso, seu ritmo? O artigo que se segue apresenta considerações a respeito de uma pesquisa que se encontra em andamento e investiga em que medida os estímulos causados pelo ato do mascaramento podem contribuir, positiva ou negativamente no trabalho de criação realizado pelo ator, e como, a posteriori, o resultado desses estímulos podem interferir na construção e confecção do objeto-máscara a ser aprimorado, em função da cena, enquanto uma materialização dos personagens-tipos criados. Realizada por processo prático com alunos de graduação em artes-cênicas da UFRN, a pesquisa se desenvolve num experimento cênico teatral com o conto popular ‘'O Mata Sete’' retirado do livro “Contos Tradicionais do Brasil”, de Câmara Cascudo. Trabalha aspectos pedagógicos e técnicos pretendendo oferecer uma visão de trabalho que integre a atuação e a criação de máscaras teatrais expressivas.
