Samba no pé: a Dança de uma Padilha que é Zé

Autores

  • Edilene Rosa Universidade Federal do Pará

Palavras-chave:

Samba, Dança de Salão, Performance, tansfiguraçao, mulher.

Resumo

 Caminhada malevolente, sombria, misteriosa, rosto encoberto pelo chapéu, em um gingado flutuante espalha seu mistério, com um "sapateado" ligeiro e por vezes brecado, implica sua marca, exalando sedução, na busca da dama perfeita em mais uma noite de Boemia, para com esta, ganhar o salão a sambar. Maria (dama perfeita dessa noite) percebe a chegada de Zé, observa em silêncio, finge não ver, rodeia o salão. A cada passo inspira e transpira sua força, sua raça, seduzindo e embriagando os olhares, com seu caminhar e sua ginga que entorpece, seu olhar reflete para que veio[1]. Este artigo, versa sobre minha experiência como professora, coreógrafa, pesquisadora e artista no Campo da Dança de Salão em Belém do Pará, que desafia a carga (machista) da história social que envolve essa relação, “o homem conduz e a mulher segue”, ou seja, “o homem manda e a mulher obedece”. Relata a dualidade do corpo que se transfigura no masculino e feminino, em um diálogo corporal de Si, para alcançar o outro, representada na performance “Samba no pé: a Dança de uma Padilha que é Zé”, fazendo uma analogia com personagens da malandragem Afro-brasileira.[1] Texto escrito pela autora/performer.

Referências

BIÃO, Armindo. Artes do corpo e do espetáculo: questões de etnocenologia. Salvador: P & A Editora, 2007.

BRIGIDA, Miguel Santa. O auto do Círio: Drama, Fé e Carnaval e Belém do Pará. Belém, 2014.

CARVALHO, Ana Cláudia Moraes. Corpo-encostado. Repertório, Salvador, nº 25, p.37-40, 2015.2

GOMES, Célia Conceição Sacramento. Corpo e interfaces. Salvador: P & A Editora, 2007, pg. 175-186.

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Publicado

10-05-2018

Edição

Seção

Textos Completos